Um dos fatores determinantes de sustentabilidade econômica de um país é a sua capacidade de prover energia. Apesar de alguns estudiosos apontarem o Brasil como referência internacional no tema, as fontes de pesquisas internacionais apontam a Suécia, Finlândia e China como exemplos eficazes de alta segurança energética alcançados por investimentos em energias renováveis com dependência reduzida de combustíveis fósseis.

O parque de geração hidrelétrico brasileiro têm se apoiado no aproveitamento da energia eólica e renovação da matriz energética, que decorrem das discussões eleitas há oito anos durante a revisão do marco regulatório. Apesar de possuirmos riqueza de variadas fontes de energia (hidráulica, eólica, etanol, biomassa, entre outras), o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2020) aponta maior participação das fontes renováveis para este ano. Apesar do otimismo dos dados nacionais, o crescimento demográfico também aponta consumo de eletricidade 61% superior em comparação ao consumo no ano de 2010.

O gás natural tem entrado nas atuais discussões como alternativa de uma política energética para o País. Durante anos, o produto não conservou muito status, mas com a crescente demanda por energia e os altos investimentos que exigem a exploração em águas muito profundas, o gás têm voltado a discussão do cenário econômico como opção para se configurar como matriz energética do País. Enquanto discutimos qual será a nossa matriz energética, o desafio dos formuladores internacionais é descarbonizar os sistemas de energia para alcançar equilíbrio da política de segurança, equidade e sustentabilidade avaliando 128 países.

Podemos concluir que a permanência do aproveitamento do potencial hidrelétrico nacional, aliada à expansão de outras fontes renováveis de produção de eletricidade, eólicas e bioenergia, como fonte para produção de energia elétrica e também na oferta de combustíveis líquidos, podem permitir que o Brasil preserve limpa sua matriz energética. Talvez a produção de petróleo e gás natural se consolide ainda mais colocando o país como primeiro no cenário energético internacional, mas assim como o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2020) mostrou previsões otimistas para o Brasil, ainda precisamos reunir todos os ingredientes e esperar a atual discussão sobre a política energética para que o Brasil se torne exemplo de potência energética do século XXI.