Quando se fala em inovação, geralmente pensamos em grandes inventos, como equipamentos com alta tecnologia e design arrojado. Mas nem sempre é assim. Em grande parte das vezes, pequenas mudanças ou componentes simples são capazes de operar revoluções, e este é o caso das correias em V.

O que aparentemente é apenas uma tira de borracha, na verdade, revolucionou a produção industrial há mais de 100 anos. Dessa forma, hoje ainda segue como um dos itens mais eficazes que equipam motores e componentes industriais.

Neste post, vamos explicar como funcionam as correias em V e esclarecer por que, mais de um século após sua criação, esta peça ainda é indispensável no funcionamento das fábricas e indústrias.

O que é uma correia em V?

As correias são equipamentos utilizados para conduzir a potência ou a energia de transmissão entre dois eixos paralelos. Elas surgiram ainda no tempo da Revolução Industrial, quando se iniciou a produção em larga escala e em velocidade.

Dessa forma, as correias garantiram mais confiabilidade aos sistemas mecânicos de produção. As primeiras utilizadas foram as planas. Sem bordas, as correias planas costumavam desencaixar e desalinhar justamente por conta da ausência dessas bordas.

Em 1917, o americano John Gates revolucionou o mercado ao desenvolver as correias em V, pois o mecanismo serve para transmitir potência de um componente acionador para outro já acionado. Ele facilita a fixação dos elementos em polias durante diferentes tipos de operação industrial.

Rapidamente, a indústria internacional identificou o potencial das correias em V como transmissoras de potência e de energia. E vários segmentos, tanto da indústria leve quanto da pesada, passaram a utilizar este tipo de correia.

Quais os diferenciais da correia em V?

A transmissão de força e movimento com a correia em V acontece por meio do contato com as laterais de duas ou mais polias. Entre as vantagens que a tornaram popular estão sua resistência ao desgaste, à corrosão, ao calor e até a capacidade de resistir ao ozônio, por exemplo.

As correias em V possuem paredes laterais que encaixam nas ranhuras da polia, garantindo estabilidade ao sistema. Assim, ao contrário do que ocorre com as correias planas, os modelos em V não dependem exclusivamente do atrito para se fixarem durante a operação.

Algumas características da correia em V fazem com que ela seja mais eficaz na transmissão de potência e torque na operação de uma polia para outra através da fricção. São elas:

  • Amortecimento: as correias em V que atuam como amortecedores durante as operações são normalmente fabricadas com material de borracha.
  • Transmissão de energia: quando os equipamentos exigem elementos de tração, uma espécie de “cordão” é embutido na borracha da correia em V, fornecendo capacidade para que ela faça a transmissão de energia através da força.
  • Proteção: para que a força seja ativada de forma segura, existe uma capa protetora que age em conjunto com a borracha da correia contra eventuais danos por atrito, além de possíveis contaminantes.

Quais as vantagens das correias em V?

Não é à toa que a correia em V desenvolvida por John Gates há mais de 100 anos continua sendo amplamente utilizada. O componente apresenta uma série de vantagens que garantem a melhor relação custo-benefício em sua aplicação.

Em primeiro lugar, é preciso considerar a sua eficiência. As correias em V têm capacidade de transmitir grande quantidade de energia, uma das suas principais aplicações. Além disso, trata-se de um componente com custo baixo, com fácil instalação e de manutenção simplificada.

Se adequadamente projetadas e instaladas, as correias em V podem ter longa durabilidade. Dessa forma, também conta a seu favor o fato de ter um funcionamento silencioso e dispensar o uso de lubrificação.

Para minimizar a vibração e garantir mais suavidade e consistência na operação, as correias em V possuem uma faixa de tecido. Geralmente de Neoprene, este componente diminui o chicote e a torção da correia, garantindo assim, estabilidade e evitando que a mesa escape da transmissão.

Existe pelo menos uma dezena de tipos diferentes de correias em V. Cada fabricante estabelece a definição dos tipos de produto que oferece. Na Siena Vedações, optamos por dividi-las de acordo com o seu tamanho, chegando à seguinte variedade de correias em V:

  • Com largura superior de 1/2 polegada;
  • Tipo B com largura superior de 21/32 polegadas;
  • Com largura superior de 7/8 polegadas, que é o tipo C;
  • Tipo D com largura superior de 1 1/4 polegadas;
  • Tipo E Com largura superior de 1 1/2 polegadas.

Quais os perfis das correias em V?

As correias em V apresentam formato trapezoidal, ou seja, um trapézio formado de um polígono com quatro lados, sendo dois paralelos. A partir deste modelo padrão, as dimensões podem variar.

O primeiro deles, o modelo clássico, conta com, pelo menos, seis tamanhos diferentes. Todos devem estar em conformidade com os requisitos internacionais ISO e DIN 2215. Assim, empresas de qualquer país podem utilizar os produtos.

Também existem as correias mais estreitas, com ângulos mais acentuados para facilitar o transporte de carga. Seus tamanhos podem variar de acordo com as exigências da operação em que serão aplicadas.

Para identificar qual perfil de correia em V utilizar, é preciso considerar o seu perfil operacional. Por exemplo, aquelas fabricadas com material de borracha são indicadas para sistemas leves ou pesados, que exigem durabilidade em ambientes resistentes e que necessitam de maior resistência a óleos, abrasividade, calor e ozônio.

Nas operações em alta velocidade, o indicado são as correias com borracha bruta. Afinal, elas têm maior potência e são mais compactas.

Lisas ou dentadas: qual a diferença entre elas?

Você encontra correias em V lisas ou dentadas. A diferença entre elas está no fato de que o segundo tipo apresenta ranhuras internas que permitem que ela se flexione. Assim, facilita a disposição das polias usadas na transmissão e ajuda na dissipação do calor, aumentando sua vida útil.

Estas são as principais características das correias em V, um componente simples, mas extremamente eficaz na sua função: transmitir potência.

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