O transporte das cidades com mais de um milhão de habitantes deverá possuir uma taxa de 20% de biodiesel em suas frotas contra os atuais 10% obrigatórios em Lei. A proposta que está em tramitação na Câmara foi divulgada no fim do mês de janeiro de 2020 e deve seguir para votação com o objetivo de transformar as frotas de transporte coletivo até 2023. O projeto de Lei do Senado prevê um aumento escalonado do biodiesel na composição do combustível com percentuais de evolução anual de 1% a partir de 15% já no primeiro ano de aprovação. O aumento na demanda por óleo de soja para elevar a mistura do biodiesel vai aumentar a produção das indústrias processadoras de soja e contribuir com a oferta do farelo para o mercado interno de proteína animal.

A previsão do governo é que a lei aumente a produção do biocombustível para 6,8 milhões de metros cúbicos ainda em 2020. A notícia vai gerar aquecimento industrial e aumentar os volumes financeiros para cerca de 19 milhões em recursos às indústrias produtivas, que deverão produzir 5 milhões de toneladas de óleo de soja para atender a demanda. O óleo de soja é o atual responsável por 75% do total de biodiesel consumido no Brasil. Se for aprovado, o projeto de lei será votado pela Comissão de Infraestrutura e pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Caso seja aprovado, o texto do projeto que eleva a mistura de biodiesel segue à Câmara dos Deputados.

Entre os benefícios do biodiesel ao meio ambiente estão a redução das emissões de gases de efeito estufa e das partículas e moléculas que afetam a saúde respiratória da população, além de permitir que o Brasil entre na lista dos países com redução de emissões de carbono. Economicamente, a produção de biodiesel deve favorecer a indústria do agronegócio ao mesmo tempo, que gerará maior arrecadação para os Estados produtores.